Análise - Looney Tunes Show

Eu me considero um fã de desenhos animados. Doug, A turma do Pateta, Capitão Planeta, Thundercats, He-man, Timão e Pumba, Alladin, Caverna do Dragao, entre outros, são clássicos memoráveis que acompanhava toda manhã quando era criança.
Esse ano o Cartoon Network passou a exibir o "The Looney Tunes Show" ressuscitando os "gigantes da animação", como o próprio canal os chama. O resultado porém, passa longe do original.




Os Looney Tunes são uma série de desenhos animados de humor produzidos de 1930 a 1969 e distribuídos pela Warner Bros.
No Brasil, os desenhos foram transmitidos pelo SBT na televisão aberta, enquanto que o Cartoon Network exibia os desenhos na "Hora Acme".
A "Hora Acme" na prograação do Carton Network, entretanto, era exibida apenas durante a madrugada, ou pela manhã bem cedo. Os desenhos mais novos, logicamente, ocupam a maior parte da grade da programação da emissora.
Desde do mês de  maio (nos EUA), e agosto no Brasil, o canal produziu novos episódios, recebendo o nome de "The Looney Tunes Show". No total foram produzidos 26 episódios.

A série recebeu um tom mais urbano: Pernalonga e Patolino dividem um arpartamento (?) na cidade de Los Angeles, andam de carro, acessam redes sociais, enfrentam o trânsito  da cidade. O resultado prático disso é uma considerável redução da criatividade dos roteiristas. Se na série original os personagens apareciam nos mais diversos cenários, em variadas épocas, prezando pela imaginação criativa, o novo desenho possui uma preocupação maior em estabelecer uma continuidade.
E por incrível que pareça, mesmo com a tecnologia atual de animação, o desenho foi simplificado: os traços são estilizados, em cenários simples com linhas geométricas, assim como boa parte dos desenhos atuais.
A nova série até tenta manter a personalidade dos personagens, mas falha consideravelmente, pois os personagens não possuem mais a mesma atitude. As piadas por vezes subestimam a inteligência das crianças.
O que dizer então da versão em CGI do Coyote e Papa Léguas?
O simplismo também é sentido naquela que talvez fosse a grande marca dos Looney Tunes: a trilha sonora. Se no original a trilha sonora contava com músicas clássicas, orquestradas em sintonia com a movimentação dos personagens, no novo desenho ela é quase totalmente nula.
A impressão é que os roteiristas tentaram fazer algo novo com os personagens. Mas não deu certo.
O pior é que o novo desenho reflete bem a onda de remakes que atinge Hollywood: se falta criatividade e originalidade, basta pegar algo que fez sucesso e fazer uma nova versão.
São poucos os desenhos que ganhram novas versões e mantiveram um padrão de excelência: Scoob-Doo e Tom e Jerry, por exemplo.
Para manter os direitos sobre os personagens, as grandes empresas do entretenimento precisam mantê-los na ativa. Muitas vezes, com a única intenção de se manter na posse de tais direitos, as empresas recorrem à versões feitas as pressas, apenas para atender a essa necessidade jurídica. O resultado quase sempre é uma ofensa ao fãs e aos personagens.

Comentários

  1. Discordo. Acho O Show dos Looney Tunes um desenho muito engraçado e criativo. Impossível não rir do Patolino.
    Piadas de um vilão perseguindo um protagonista espertalhão e sempre se ferrando já deram o que tinham que dar, essa fórmula não funciona mais hoje em dia.
    Ao contrário do(s) remake(s) de Tom e Jerry, que não passam de um xerox de baixa qualidade das versões antigas, o Show dos Looney Tunes trouxe uma proposta completamente nova, com piadas para um público alvo mais velho.
    Não acho falta de criatividade também, na verdade acho mais criativo. Afinal, cada episódio tem uma trama diferente, com piadas diferentes e mais bem boladas, que não se resumem a um espertão e um idiota, onde o espertão se da bem e o idiota sempre se ferra.

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